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Duelo de gigantes: as diferenças entre Bitcoin e Libra

O bitcoin é atualmente a principal criptomoeda do mercado, mas a Libra acumula especulações fortes o suficiente para se tornar a principal moeda mundial

 

Por Gabriel Dias*

Libra

O mundo pode estar perto de uma grande revolução financeira. O possível responsável por tal movimento se tornar mainstream é a criptomoeda encabeçada pelo Facebook, a Libra. A stablecoin ainda teria um bom caminho a percorrer, mas é fato que a especulação em torno de seu potencial já interfere no mercado cripto e no que especialistas e entrantes no mundo de moedas digitais pensam sobre as outras criptomoedas, principalmente, o bitcoin.

Entretanto, você sabia que, apesar das duas serem criptomoedas, bitcoin e Libra são completamente diferentes?

Para o head de Inovação na BRQ Digital e diretor da Associação Brasileira de Criptoativos e Blockchain (ABCB), Courtnay Guimarães, não existe nem comparação entre bitcoin e Libra. “Bitcoin tem um propósito, o consórcio Libra é uma moeda privada, mas será (em teoria) 100% regulada. Bitcoin não tem performance e usabilidade, enquanto que, em teoria, as transações da Libra serão tão simples quanto os atuais apps de pagamentos com QR code”, assegurou Guimarães.

O bitcoin é hoje a principal criptomoeda do mercado. Tem como princípio ser uma moeda descentralizada e não está ligado a nenhum país, instituição financeira ou empresa. O bitcoin funciona com blockchain público, ou permissionado, o que não exige permissão para interagir com a rede.

A Libra será diferente, é uma criptomoeda que terá alguém no controle. O projeto é liderado pelo Facebook, mas existem grandes empresas juntas à gigante da tecnologia no consórcio para gerenciar a Libra. A moeda funcionará com blockchain privado e de forma centralizada, com o grupo de Mark Zuckerberg por trás de todas as ações, e vem com a missão de ser uma moeda global, digital e de fácil acesso.

As características das duas criptomoedas são opostas e nuvens de incertezas sobre a Libra sobrevoam a comunidade de criptomoedas, especialmente por ter dono e não ser descentralizada como o bitcoin.

Contudo, a expectativa é de que a Libra seja, caso lançada, uma das principais criptomoedas do mercado, talvez a maior moeda do mundo, com transações tanto online quanto em estabelecimentos físicos, algo que o bitcoin não conseguiu realizar com tanto sucesso até o momento.

 

Bitcoin x Libra: qual tem maior impacto para os brasileiros?

As duas moedas podem interferir na vida dos brasileiros, mas em diferentes escalas. Com a economia do país instável, as criptomoedas se tornam uma opção requisitada para negócios internacionais. Além disso, bitcoin e Libra têm a capacidade de democratizar os sistemas financeiros do país.

Questionado sobre qual das duas traria mais impacto no Brasil, Courtnay Guimarães é mais entusiasmado com o bitcoin por ainda não se conhecer todos os detalhes da Libra. “Atualmente, a Libra tem menos impacto, porque será apenas mais um banco digital e não se sabem das taxas e condições. Com bitcoin, hoje, já se pode receber pagamentos de fora e outras avenças”, relatou o especialista.

 

O que ainda não é claro na Libra

O mundo já conhece a proposta da Libra de se tornar uma moeda global, digital, de fácil acesso e com a missão de democratizar serviços financeiros. É de conhecimento também o grupo formado por mais de 20 empresas do ramo de tecnologia e instituições financeiras que está por trás da stablecoin. Mas a falta de clareza nos detalhes da criptomoeda jogam contra a criação da Libra.

“Atualmente, a Libra é uma excelente campanha de marketing, muita expectativa levantada, mas absolutamente todos os detalhes estão em aberto”, contou Courtnay Guimarães.

Com as incertezas em volta da Libra, o que o mercado mais quer da criptomoeda são respostas sobre o seu desenvolvimento. “Antes de tudo, clareza regulatória global. Nenhuma outra ação de cripto teve tanto impacto nos reguladores e finalmente todos se movimentaram”, disse o diretor da ABCB.

Courtney Guimarães concluiu que a Libra tem muito potencial de revolucionar o mundo, mas precisa de mais detalhes e mais informação sobre sua regulamentação . “Se o projeto for lançado, será iniciada uma nova era de pagamentos globais e quiçá, uma nova categoria de negócios, a de wallets globais. Por hora, [vamos] aguardar”, finalizou.

 

*Gabriel Dias é jornalista formado no Centro Universitário de Brasília – UniCEUB. Analista de Comunicação no Digitalks e na Blockmaster, Gabriel também tem experiência nas áreas de jornalismo político. Trabalhou em agências de comunicação e na Câmara dos Deputados. Gosta de produzir conteúdos digitais e foca no Marketing Digital.

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