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Blockchain é apontada como uma das 10 tendências tecnológicas para 2019, segundo o Gartner

Blockchain, Digital Twins e Objetos Autônomos são algumas das tendências tecnológicas que as empresas precisam prestar atenção nos próximos anos

 

*Por Bianca Borges

 

A transformação digital aliada com a ascensão das tecnologias emergentes estão desafiando empresas a repensar seus modelos de negócios e suas estratégias. Nesta quarta-feira, dia 24 de outubro, durante o Gartner Symposium/ITxpo 2018,  que aconteceu em São Paulo, David Cearley, Vice-Presidente do Gartner apresentou as tendências tecnológicas que vão impactar o mundo dos negócios em 2019 e nos próximos anos.

David Cearley, Vice-Presidente do Gartner apresenta as principais tendências tecnológicas para 2019

 

No início da sua apresentação, ele explicou um pouco sobre o processo de definição dessas tendências. Essas são algumas perguntas que a empresa de pesquisas e aconselhamento sobre tecnologias leva em consideração:

  • Quais tendências terão mais impactos nos próximos cinco anos?
  • Como elas vão afetar os seres humanos, consumidores?
  • Como vão impactar as empresas em geral?
  • Quais consequências trarão para o mercado de TI?

“Buscamos coisas que desafiam o senso comum, mudanças que geram oportunidades no mercado e, ao mesmo tempo, desafios”, ressaltou David.

Confira a seguir as 10 tendências indicadas pelo Gartner:

 

Blockchain

A tecnologia de blockchain trará muito mais confiança e transparência para os clientes e para as empresas. Além disso, vai reduzir conflitos entre os ecossistemas de negócios, diminuindo custos e também o tempo gasto nas transações.

Soluções que utilizam a Blockchain têm a capacidade de aumentar a eficiência nas operações das organizações, automatizar processos e digitalizar registros. No futuro, as empresas que adotarem essa tecnologia precisam estar preparadas para investirem em soluções mais completas e ainda mais disruptivas.

Em 2030, a blockchain será um mercado multimilionário”, afirmou o Vice-Presidente do Gartner.

 

Digital Twins

Segundo a definição do Gartner, Digital Twins é a representação de uma entidade ou sistemas do mundo real que vai muito além da Internet das Coisas. Digital Twins são modelos de software dinâmico que se baseia em dados operacionais e outros tipos de dados que permitem compreender como uma organização opera seu modelo de negócios, implanta novos recursos e se adapta às mudanças.

“Daqui há três anos, entre 60 a 80% das indústrias usarão essa tecnologia para automatizar processos” afirmou o executivo do Gartner.

 

Empowered Edge

A palavra Edge refere-se a dispositivos endpoints que podem ser utilizados por pessoas ou incorporados ao mundo.

A Edge Computing – que consiste no processamento de informações, coleta e entrega de conteúdo próximos dos endpoints- , junto com a computação em nuvem irão se complementar e trazer serviços Cloud que poderão ser gerenciados de forma centralizada.

 

Objetos Autônomos

Objetos autônomos compreendem desde carros a drones e até robôs que utilizam a Inteligência Artificial(IA) para automatizar processos e trazer facilidades. Esses elementos de IA vão impulsionar o mercado nos próximos dez anos.

Segundo o VP do Gartner, essa tecnologia vai evoluir e transformar objetos inteligentes em colaborativos. “A medida que objetos autônomos se proliferam, esperamos uma mudança de coisas inteligentes autônomas para um enxame de coisas inteligentes colaborativas, com múltiplos dispositivos trabalhando juntos, independente das pessoas ou da contribuição humana”, explicou.

Um problema apontado pelo executivo foi a integração desses objetos. “Se esses objetos autônomos não forem integrados, nós vamos ter problemas. Por enquanto, as pessoas não estão focadas nessa questão, mas, daqui há três anos, esse será um problema potencial”.

 

Analytics Aumentado

Baseado no Machine Learning, o analytics aumentado vai mudar a maneira como o conteúdo analítico é produzido, consumido e compartilhado. Esse sistema conseguirá analisar centenas de dados em segundos, eliminando a necessidade da presença dos cientistas de dados em diversas situações.

De acordo com David, os insights automatizados do analytics aumentado serão usados também em aplicativos corporativos e, diversas áreas da empresa como: departamentos de marketing, atendimento ao cliente, rh e etc, poderão usufruir desse recurso para otimizar suas ações e estratégias.

Esses sistemas, denominados Citizen Data Scientists,  vão empoderar os profissionais que não atuam na área de dados e permitir que a extração de insights.

O número de Citizen Data Scientists tende a aumentar cinco vezes mais rápido que o número de cientistas de dados, isso até 2020. De acordo com o VP do Gartner, as empresas podem usar esses sistemas para preencher a lacuna de conhecimento em ciência de dados e em machine learning.

 

 Inteligência Artificial orientando o desenvolvimento

A Inteligência Artificial será utilizada em um nível mais avançado. Um exemplo disso é que, em 2022, 40% dos projetos para se desenvolver um aplicativo terão como parceiros na equipe co-desenvolvedores de inteligência artificial. Nesse cenário também, profissionais que não são especialistas na área terão a capacidade de usar essas ferramentas movidas por inteligência artificial para criar novas soluções.

 

Experiência imersiva

No futuro a experiência imersiva, baseada na utilização das tecnologias de realidade virtual, aumenta e mista se tornará multicanal. Como explicou David:

A experiência multicanal utilizará todos os sentidos humanos, bem como sentidos de computação avançada como (calor, umidade e radar) em todos os dispositivos multimodais. Esse ambiente múltiplo criará uma atmosfera de experiências nas quais os espaços que nos cercam definem “o computador” em vez dos dispositivos individuais. Com efeito, o ambiente é o computador”.

 

Espaços inteligentes

Mais que conectar as coisas, que tal conectar um ecossistema completo que inclui pessoas, serviços, processos e objetos, gerando uma experiência imersiva e automatizada? Essa é a premissa dos espaços inteligentes.

“Essa tendência vem se aglutinando há algum tempo em torno de elementos como cidades inteligentes, ambientes de trabalho digitais, casas inteligentes e fábricas conectadas. Nós acreditamos que o mercado está entrado em um período de entrega acelerada de espaços inteligentes, robustos e com a tecnologia se tornando uma parte integral de nossas vidas cotidianos, seja para funcionários, clientes, membros da comunicada ou cidadãos”, ressaltou David.

 

Ética e privacidade digital

Saber lidar com a ética e a privacidade de dados no ambiente digital será ainda mais essencial, visto que, os consumidores e usuários da internet estão preocupados em querer entender e saber como as empresas usam seus dados e informações pessoais.

As marcas vão precisar pensar mais a respeito disso. Outras terão que desenvolver uma estratégia de marca toda relacionada a esses conceitos”, indicou o VP do Gartner.

 

Computação Quântica

A última tendência apontada pelo Gartner foi a computação quântica. Essa tecnologia é capaz de resolver problemas complexos de maneira extremamente eficiente e mais rápida que as ferramentas tradicionais.

David aconselhou que as empresas, principalmente os CIOs e líderes de TI, comecem a entender como a aplicação da computação quântica pode ajudar a resolver problemas das organizações no mundo real, levando em consideração o impacto na segurança. Mas fez uma ressalva:

“Mas não acredite no hype de que isso irá revolucionar coisas nos próximos anos. A maioria da organizações deveria aprender e monitorar a computação quântica até 2022 e, talvez, explorá-la a partir de 2023 ou 2025”, finalizou.

 

*Bianca Borges é jornalista formada pela Universidade Anhembi Morumbi. Jornalista e Analista de Conteúdo na Blockmaster e no Digitalks, também tem experiência nas áreas de assessoria de imprensa e gestão de mídias sociais. Gosta de escrever sobre diversos assuntos mas, atualmente, seu foco é Digital.

 

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