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Criptomoedas ganham cada vez mais relevância na América Latina

Crises políticas e econômicas contribuem para o avanço dos criptoativos em países latino americanos

 

Por Gabriel Dias*

As criptomoedas são o futuro dos meios de troca. Dinheiro é a ferramenta de troca utilizado na compra de bens, serviços, força de trabalho e em diversos tipos de transações financeiras. Ao longo da história, já foram utilizados diferentes instrumentos como forma de dinheiro. Antigamente, os objetos faziam a função de instrumento de câmbio nos primórdios da sociedade.

Depois, as pessoas colocaram valor em metais para serem utilizados como ferramentas de troca. Com a alta escassez da matéria prima, a crença de valor em algo foi substituída por papel ou cédulas. Logo em seguida, a confiança veio em forma de assinatura em cheques. O dinheiro digital foi o instrumento seguinte, possibilitado pelos cartões. A evolução seguiu para o dinheiro virtual, utilizado em videogames. Agora, o mundo chegou na era das criptomoedas.

Foi com essa introdução que Rodrigo Ambrossi, dono do canal do YouTube Dash Dinheiro Digital, abriu a palestra no Fórum Blockmaster 2019 sobre a adoção de criptomoedas na América Latina.

Rodrigo Ambrossi no palco do Fórum BlockMaster 2019.

 

O que são as criptomoedas?

Criptomoeda é um tipo de moeda digital descentralizada e um meio de troca que se utiliza de tecnologia blockchain e da criptografia para assegurar a validade das transações e a criação de novas unidades da moeda.

As criptomoedas são ferramentas recentes e por serem descentralizadas, independem de um banco central ou Estado para sua regulamentação e oscilações de preço. Esta característica facilita a popularidade e desenvolvimento em países com problemas políticos e econômicos como os da América Latina.

 

Criptomoedas na América Latina

Rodrigo Ambrossi percorreu países como Venezuela e Colômbia, além do Brasil, para identificar o desenvolvimento das criptomoedas nesses países, com o foco na Dash Coin uma das criptomoedas existentes. Rodrigo Ambrossi é um dos entusiastas dela no Brasil.

Na Venezuela, 3 mil negócios aceitam Dash por sobrevivência, 800 na Colômbia por conta de oportunidade, e no Brasil é uma estratégia de acúmulo de riqueza”, declarou Ambrossi.

“A crise política e econômica na Venezuela afetou drasticamente o valor do Bolivar Venezuelano, moeda oficial do país. Um rolo de papel higiênico possui menos papel do que a quantia de cédulas necessárias para a compra do material. Já não estava fazendo sentido o uso do Bolivar. Em questão de usabilidade, é surreal”, apontou Ambrossi.

Por conta dessa diferença, os venezuelanos adotaram as criptomoedas por questões de sobrevivência, de acordo com o youtuber. Na Colômbia, as criptomoedas estão se espalhando por questão de oportunidade. Com a êxodo de venezuelanos para o país vizinho, as pessoas utilizam a moeda digital para enviarem dinheiro para familiares que permanecem na Venezuela.

No Brasil, as criptomoedas ganham destaque porque não possuem interferência do governo. “Ainda não existe como o governo cobrar imposto ou retirar o dinheiro da população. Além disso, ações como o Plano Collor não dariam certo com as criptomoedas”, afirmou Rodrigo Ambrissi.

O youtuber ainda declarou que o brasileiro está engajado em investir nas criptomoedas na busca de acúmulo de riquezas. “Os câmbios do Brasil já conseguiram mais investidores de moedas cripto do que os mais de cem anos das bolsas de valores brasileiras”, concluiu.

*Gabriel Dias é jornalista formado no Centro Universitário de Brasília – UniCEUB. Analista de Comunicação no Digitalks e na Blockmaster, Gabriel também tem experiência nas áreas de jornalismo político. Trabalhou em agências de comunicação e na Câmara dos Deputados. Gosta de produzir conteúdos digitais e foca no Marketing Digital.

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