Sexta-feira, 01 de novembro de 2019
Os últimos meses estão marcados pela alta variação dos criptoativos. No dia 23 de outubro, o Bitcoin foi especialmente afetado por esse movimento e chegou a cair mais de 5% durante o dia, de acordo com o relatório CriptoReport do CriptoFácil – divulgado quinzenalmente. Os dados do relatório até apontaram uma evolução no preço do Bitcoin que recuperou o patamar dos US$ 8 mil e chegou a negociar acima dos US$ 8.700.
Porém, a tendência de queda se restabeleceu e, a partir do 16 de outubro, o preço do criptoativo voltou a perder os US$ 8 mil. No dia 23 sofreu uma forte queda e chegou ao nível de US$7.496. Ao olhar essa baixa, o esperado seria mais queda do Bitcoin. No entanto, o que ocorreu nos últimos sete dias foi exatamente o contrário e até o momento da escrita, a principal criptomoeda está na faixa de US$9.113. Como explicar essa variação?
João Paulo Oliveira, CEO e fundador da Nox Bitcoin, explicou o motivo do Bitcoin mudar tanto de valor. “A volatilidade do Bitcoin ainda é muito elevada quando comparada ao mercado financeiro tradicional. Contudo, ela vem caindo com o passar dos anos. O Bitcoin é um ativo muito novo no mercado e as pessoas tentam, diariamente, descobrir um valor justo para ele”, relatou Oliveira.
Entretanto, o CEO da Nox Bitcoin acredita que apesar da alta volatilidade, o Bitcoin encontrará logo um equilíbrio. “A tendência é que ela [volatilidade] diminua com o passar do tempo, porque o mercado está começando a criar mecanismos como derivativos e opções, que ajudam a criar maior segurança no preço”, disse.
Fernando Barrueco, CEO na Bolsa de Moedas Digitais Empresariais de São Paulo (BOMESP), indica que primeiramente é preciso entender qual é a natureza do Bitcoin para compreender as variações. “Muitas pessoas pensam que são “ativos financeiros” quando na verdade são “ativos não financeiros”, como por exemplo, são as obras de arte, os imóveis, ou ainda pedras preciosas ou o ouro, como muitos outros bens que carregam valor”, alegou.
Barrueco informou que assim como os bens, o valor é criado a partir da raridade, utilidade, reputação e outros fatores que fazem das criptomoedas sofrerem variações nos preços, ou seja, o misto de branding com oferta e procura.
“Como segue a regra da oferta e procura, depende muito do interesse das pessoas a pagar o que acham que vale, da mesma forma que uma obra de arte da Tarsila do Amaral, que é tela e tinta, e pessoas pagam milhões, pois sabem que sempre terá um próximo interessado em adquirir uma obra da Tarsila, da mesma forma que ocorre com as criptomoedas, em especial o Bitcoin”, apontou Barrueco.
Se vendem muito, o preço cai e se compram muito, o preço sobe. Dessa forma, acontecem as grandes variações das criptomoedas, e gera grandes especulações por parte dos investidores.
Para João Paulo Oliveira, as altas e quedas do Bitcoin são normais e são vários os motivos que levam a essa volatilidade. “Se o Bitcoin cai 1, 2 até 6% em um dia, é um movimento normal, dentro da volatilidade histórica. Muitas vezes notícias e “especialistas” tentam explicar quedas de preço que são normais e sem explicação plausível. Podemos ver uma grande retração de preço de junho até outubro”, apontou o CEO da Nox Bitcoin.
Oliveira ainda citou alguns motivos comuns para essas variações como diminuição do interesse do varejo por Bitcoin, pessoas que ficaram no prejuízo em 2018 se desfazendo de posições e as expectativas em torno do lançamento da Bakkt (plataforma para investidores institucionais).
“O Bitcoin subiu mais de 100% em apenas três meses, logo, é normal que o mercado dê uma corrigida no preço, nenhum ativo pode continuar subindo para sempre”, afirmou João Paulo Oliveira.
De acordo com Barrueco, a queda ou alta do Bitcoin sempre é atrelada a um evento ou expectativa de um evento futuro. “Se aparece uma notícia na mídia que uma país acaba de banir o uso do Bitcoin, isso pode em minutos derrubar o seu preço. O contrário vale também, quando um país emite uma notícia de que passou a legalizar o uso”, citou.
O CEO da BOMESP revelou um possível evento que pode aumentar o preço do Bitcoin: “Ano que vem teremos o Halving que será a queda pela metade na remuneração dos mineradores”. Hoje, a cada 10 minutos que leva um bloco de transações na Blockchain do Bitcoin, paga-se 12,5 Bitcoins aos mineradores. Em 2020, o preço cairá para 6,25 Bitcoins. “Menos Bitcoins serão criados, aumentando o custo da mineração e certamente aumentando o preço do Bitcoin”, afirmou Barrueco.
Atualmente, existem três cenários que podem ser catalisadores do preço do Bitcoin nos próximos seis meses, segundo João Paulo Oliveira. São eles:
Halving para 2020 – O número de Bitcoins produzidos por bloco será reduzido pela metade. Isso é um choque de oferta muito radical e afetou muito o mercado em 2012 e 2016 (o Bitcoin se valorizou em ambas situações). Para Oliveira, as pessoas irão se beneficiar ano que vem, mas com uma valorização em menor escala do que visto antes.
Recessão global – Os investidores correm para o Ouro quando a economia entra em recessão. O Bitcoin pode acabar se beneficiando desse movimento, visto que ele se afasta cada vez mais da narrativa de “Moeda Digital” e se encaixa cada vez mais como um hedge econômico e político.
ETF – A Bakkt e a CME – A infraestrutura para grandes investidores está sendo criada aos poucos. A Bakkt, apesar de decepcionar agora, é um sinal de que o mercado está caminhando na direção correta. O mercado de derivativos cresceu bastante e um ETF de Bitcoin poderia catalisar ainda mais o preço. O ETF é como se fosse uma ação negociada em bolsa de valores. É apenas uma questão de tempo para João Paulo Oliveira.
Esses são alguns dos cenários que podem significar saldo positivo para o Bitcoin. No entanto, nada ainda é certo com o Bitcoin. É preciso entender que a criptomoeda tem alta volatilidade, verificar constantemente notícias econômicas e políticas do mundo e buscar informações especializadas do mercado. “Acredito na recuperação do Bitcoin, mas não para o curto prazo. Bitcoin não é curto prazo, é um jogo de paciência”, reiterou João Paulo Oliveira.
Fernando Barrueco está confiante na valorização do Bitcoin e, para o CEO da BOMESP, a tecnologia blockchain por trás das criptomoedas é o ponto-chave para a adesão no mundo corporativo e também nos governos. “Iremos presenciar um mainstream nas criptomoedas e a recuperação delas será natural”, disse. Barrueco ainda citou a importância de dividir as criptomoedas em três grupos:
“Feita esta divisão, sabendo-se trabalhar com cada grupo para melhor utilização, a recuperação será uma questão de tempo. Teremos um grande futuro pela frente para as criptomoedas, que vieram para ficar”, afirmou Fernando Barrueco.
O CEO da BOMESP declarou que o Bitcoin como reserva de valor, comparando com o ouro, tem muito a crescer. “Certamente no futuro poderá ser preferido ao ouro, que apesar da dificuldade no seu manuseio, pelo seu histórico milenar, e sua procura por pessoas e governos como reserva de valor, tem ‘Market Cap’ de trilhões de dólares, enquanto o Bitcoin não passa do 200 bilhões de dólares”, disse.
Barrueco ainda constatou que o Bitcoin deve seguir um caminho diferente de muitas moedas digitais, como o possível rumo da criptomoeda Libra. A stablecoin do Facebook, mesmo com a desistência de alguns participantes e a proibição que poderá vir de alguns países, irá gerar uma nova corrida pela tecnologia quando for lançada no ano que vem.
“O Bitcoin como um ouro digital e a Libra como uma moeda estável para a utilização no dia a dia, ou seja, o Bitcoin estará para o Ouro, como a Libra estará para o Dólar Americano”, disse Fernando Barrueco.
Caso seja esse o caminho das criptomoedas, com a criação de stablecoins, Barrueco espera um gigantesco aumento na valorização do Bitcoin. “Acredito que a adesão do mundo corporativo na utilização de criptomoedas estáveis, para o uso diário, poderá alavancar o Bitcoin como o ouro digital a patamares nunca experimentados antes. Vamos vivenciar isto em breve”, afirmou.
*Gabriel Dias é jornalista formado no Centro Universitário de Brasília – UniCEUB. Analista de Comunicação no Digitalks e na Blockmaster, Gabriel também tem experiência nas áreas de jornalismo político. Trabalhou em agências de comunicação e na Câmara dos Deputados. Gosta de produzir conteúdos digitais e foca no Marketing Digital.
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